O fim dos movimentos juvenis, funerais de Maio e de Praga

 

    O surgimento dos movimentos juvenis um pouco por todo o mundo, veio contrariar a lógica bipolar, criada durante o período da Guerra Fria. Toda a contestação e polémica levantada pelos jovens pôs em causa a credibilidade que poderia haver em relação às duas grandes potências, URSS e EUA. O mundo tirou os olhos deste conflito e as baterias foram apontadas para os jovens. (Mas o que com os Hippies foi sinónimo de paz, em relação a Praga e Paris?).

    O cenário de violência só foi alterado com o fracasso e a extinção dos movimentos concretamente, com a vitória de De Gaulle em França, com a entrada das tropas soviéticas em Praga. Nos sobrantes anos da década de 60, as pessoas continuavam a ter necessidade de sonhar.

    Os jovens e os seus pais puderam virar as atenções para uma nova utopia, uma vertente em realidade: transmissão, em tempo real, de viragem do Apolo 11, o desembarque de Armostrong em solo lunar e a primeira palavra que proferiu, foram mais do que uma vitória dos EUA sobre a URSS e extravasaram a um feito da Guerra Fria, transportava para a conquista do espaço.

    O “pequeno grande ecrã” foi veículo para uma nova experiência, em pró da humanidade - afinal, nem todas as conquistas se fizeram nas ruas, nas barricadas ou em festivais de flower power. O Homem conquista o Espaço.