A sede de mudança chega a Europa: pela primeira vez os jovens ganham a palavra

 

 

    Sabemos dos movimentos juvenis que ocorreram na Europa foram beber a outras revoluções de esquerda que já haviam acontecido noutros continentes, exemplo disso, é a Revolução Cultural Chinesa em que pela primeira vez os jovens são considerados uma classe contestatária. O exemplo do caso chinês é o melhor que podemos usar, a este nível, não só porque marcou o aparecimento dos jovens como protagonistas de uma acção revolucionária, mas também pela influência que acabou por transmitir aos jovens de Paris, exemplo disso, é o Livrinho Vermelho.

    Mais para o ocidente, nos EUA, a partir de 1967 os hippies adoptaram essa postura manifestando-se de maneira totalmente diferente dos restantes movimentos, mas que foram igualmente importantes para o seu país.

    E muito particularmente no ano de 68 esta sede de mudança chega realmente ao continente europeu e depois de algumas “pequenas” manifestações durante a década de 60 (temos o exemplo de Paris que em 1960 registou o seu primeiro protesto além de Praga, onde desde 1964 começaram a existir focos de contestação). Foram assim lançados os dados que rolaram e pararam em 1968.

    E de facto este foi o ano dos jovens, foi o ano que os tornou nos “heróis da década”. Pelo mediatismo, pela sua irreverente e incessante vontade de mudar.